Baseado em texto do Viamundo - https://www.viomundo.com.br/politica/pochmann-por-que-a-midia-esconde-a-saida-recorde-de-dolares-que-so-foi-pior-quando-fhc-quebrou-o-brasil.html?fbclid=IwAR1dQGJDxJCyatFd3S9WGZwhR3MVeFa5M71ekDed4eiC-kRI16B6TEewhEQ
Depois de atingir o número recorde de U$ 390 bilhões, durante o governo Bolsonaro, as reservas do Brasil cairam para U$ 365 bilhões em seis meses.
Enquanto recebe palmas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que quebrou o Brasil durante sua gestão, Paulo Guedes torra dólares para segurar o câmbio.
Para o economista Marcio Pochmann, a mídia adepta do plano econômico bolsonarista — com milícias, com tudo — teve uma crise de amnésia em relação à fuga recorde de dólares em dezembro.
De janeiro a novembro de 2019, U$ 27 bi haviam fugido do Brasil.
De acordo com a Reuters, “no acumulado de 2019 até dia 27 de dezembro, o fluxo cambial mostrou déficit de US$ 43,253 bilhões, de longe superando o pior resultado anual até então: saída de US$ 16,182 bilhões em 1999”.
Apesar do viés positivo da cobertura econômica desde que Bolsonaro tomou posse, especialmente na Globo, Pochmann vem disparando dardos de alerta nas redes sociais:
por Marcio Pochmann, no twitter
Sob o argumento de reduzir custos do Estado, o governo Bolsonaro proibe concursos e extingue 27,5 mil cargos públicos.
Em breve, o país tomará conhecimento de seus efeitos na piora da saúde com o desaparecimento de agentes de saúde e guardas de endemia, entre outros problemas.
Brasil no rumo do século 19, confirma o ministério da Economia que em 2019, o Brasil teve mais produtos básicos (baixo valor agregado, como minerais, frutas, grãos e carnes) exportados que manufaturados.
Foi a 1° que isso aconteceu desde 1980.
Governo curupira, caminha para trás.
Na retórica neoliberal, as reformas realizadas elevariam a confiança dos endinheirados que trariam seus recursos externos para investir e fazer a economia crescer.
Está ocorrendo justamente o inverso, com debandada inédita de dólares do país.
Cadê a autocrítica?
Por que a mídia esconde saída recorde de dólares em dezembro, que faz de 2019 o ano de maior fuga de capitais desde 1982, segundo o Bacen.
O déficit cambial só foi maior em 1999, quando FHC quebrou o Brasil e foi ao FMI.
Sem a herança petista da reserva externa, o FMI retornaria.